SOBRE A SERPENTE DE BRONZE

SOBRE A SERPENTE DE BRONZE
A serpente de bronze que Moisés mandou fabricar no deserto, segundo a vontade divina, foi depois indicada por Jesus como sendo o símbolo do levantamento do Filho do homem (João 3.14).

Nesta afirmação de Cristo, vemos que os animais rastejantes nada têm de diabólico. No livro de Gênesis, na tentação e queda do Adão e Eva no jardim do Éden, a espécie é apresentada como a tipificação do diabo.

Durante o êxodo dos hebreus pelo deserto, saídos da escravidão no Egito e caminhando para a terra que mana leite e mel, serpentes os atacaram, houveram muitas mortes por causa disso. Segundo a orientação de Moisés, as vítimas envenenadas deveriam olhar para a serpente de bronze, quem assim fizesse seria curado por Deus (Número 21.6).

Os bichos rastejantes provavelmente pertenciam à espécie dos áspides e das víboras, visto como a ardente inflamação da sua venenosa mordedura se descreve como sendo causada pelo fogo.

A serpente de metal não possuía virtude para operar curas, nenhuma passagem bíblica afirma que havia tal poder nela. Neste episódio, aprendemos que todo israelita, vítima da peçonha, que tivesse fé na promessa de Deus, cumpriria a determinação divina de fitar os olhos na estátua. Por causa da sua fé em Deus não morreria, seria curado por crer em Jeová.

Com o passar do tempo, entendemos perfeitamente que a serpente de bronze não foi criada para ser objeto de adoração. Muitos anos depois, a serpente havia sido tornada uma peça de recordação do livramento que o povo israelita havia recebido de Deus no deserto, mas este mesmo povo deu-lhe o nome Neustã, esqueceu do Senhor, e usou a peça de cobre como alvo de superstição e reverência idólatra, e religiosamente queimaram-lhe incenso. Por estes motivo foi  destruída  por Ezequias (2 Rs 18.4).


Isto posto, vemos que Deus não foi contraditório ao mandar Moisés construir a serpente de bronze.